terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

É DETIDO SUSPEITO DE PARTICIPAÇÃO DE ASSALTO QUE MATOU PM


O suspeito oficial de participação no assalto ocorrido na Vila Bianchi, semana passada, Paulo Roberto Elvino, se entregou à Polícia Civil, na noite do último sábado, 4 de fevereiro. A tentativa de assalto teve como alvo uma loja de revenda de carros. Morreram no local o PM Caio Vinícius Felippe, de 22 anos e o assaltante Fabrício Abramo de Santis, o “Tiguera”.

Paulo Roberto confirmou, em depoimento à Policia Civil, que estava presente no assalto e que fugiu do local ao ouvir disparos. Após o assalto e seguindo pistas, as polícias locais iniciaram uma varredura em busca de Paulo. Ele se entregou após uma negociação em que, inclusive, familiares intervieram. 


Paulo Roberto Elvino

As negociações foram arbitradas pelos delegados Fernão Dias da Silva Leme e João Valle. A rendição foi combinada e ocorreu na área livre de um posto de gasolina próximo à cidade de Cambuí. Paulo atrasou cerca de 30 minutos da hora marcada para o encontro com os delegados. Ele chegou ao posto por volta das 22h30. 

O delegado adjunto da Delegacia sobre Investigações Gerais (DIG), Sandro Montanari Ramos Vasconcellos, declarou que “desde o dia do crime já havia uma negociação para a rendição. Primeiro com a família, depois direto com Paulo”. Na manhã dessa segunda-feira, 6, ele foi apresentado na DIG em Bragança, para depoimento com os delegados responsáveis. Em seguida ele foi recolhido à cadeia de Piracaia. Uma prisão temporária de 30 dias foi expedida para Paulo, podendo se alongar por mais 30 dias até que sejam concluídas as investigações.

Do depoimento

Em depoimento prestado ao Delegado Sandro Montanari Ramos de Vasconcelos na Delegacia de Investigações Gerais (DIG), Paulo Roberto Elvino, residente em Bragança Paulista, declarou que estava junto com Tiguera na tarde do dia 1º de fevereiro, dia e hora do assalto e relata que Tiguera e outro companheiro foram até sua casa por volta das 14h00 em uma moto CB 300 dourada; o companheiro de Tiguera lhe disse: “Vou levar Tiguera e depois volto pegar você e buscar a moto e depois você pega Tiguera”. O companheiro de Tiguera voltou sozinho por volta das 14h30 com a CB e levou Paulo Roberto até sua oficina no Parque dos Estados. Paulo Roberto pegou uma CG 150 preta, que pertencia a um amigo e seguiu até a casa de Tiguera, na Rua Doutor Freitas, onde o apanhou e o levou na garupa até a Vila Bianchi. Chegando ao estacionamento Zezinho Automóveis, teria dito a Tiguera: “aqui todo mundo me conhece”. Tiguera mandou Paulo Roberto deixá-lo ali, que depois pegaria um carro para a fuga.

Logo que Tiguera desceu, Paulo Roberto teria subido com a motocicleta na calçada, e ficou ali por alguns minutos com a moto ligada.

Ao escutar o primeiro tiro, Paulo Roberto saiu em direção ao Parque dos Estados, onde ficou até as 18h00, quando pegou um moto taxi para o Bairro do Guaripocaba. Lá pegou um carona com caminhoneiros até Minas Gerais com apenas R$ 30 no bolso e alegou que não estava armado. Ele parou na cidade de Camanducaia, e em um bar conheceu um casal e passou dois dias na casa deles. De lá ligou para seus familiares e foi orientado a se entregar.



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